Sabrina Craide
Enviada especial
Nova York (Estados Unidos) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nessa terça-feira (23), em Nova York, que o governo está acompanhando normalmente o andamento do episódio envolvendo a construtora Odebrecht no Equador. “A questão vai ser discutida nos próximos dias e esperamos que possa ser resolvida. Estamos dando toda a proteção adequada a uma empresa brasileira de grande renome e com grandes realizações em todos os países”, afirmou. Segundo o ministro, dois empresários brasileiros já saíram do Equador e outros dois estão na embaixada brasileira. “Não há uma ameaça física direta em relação a eles, nem mandado de prisão, não achamos que isso vá ocorrer”, destacou Amorim. Para ele, o embargo e a ocupação militar de obras da Odebrecht foi uma ação preventiva do governo equatoriano. Ontem, o presidente Rafael Correa determinou o embargo dos bens da construtora, a ocupaçãodas obras da empresa pelo Exército e proibiu que os funcionários deixem o país. O governo equatoriano exige o pagamento de uma indenização por falhas no funcionamento e paralisação da central hidrelétrica San Francisco, construída pela empreiteira. De acordo com o governo, a San Francisco apresentou falhas e deixou de funcionar um ano depois de serem concluídas as obras.