Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Banco do Brasil,Antônio Francisco de Lima Neto, admitiu hoje (24) que estádifícil a obtenção de crédito no exteriordiante das turbulências no mercado financeiro internacional.
Lima Neto foi recebido na manhãde hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele nãorevelou o tema da conversa..
Ele garantiu que a seriedade dacrise e a escassez de crédito externo não impediram queo banco continuasse atendendo a demanda de financiamento dosexportadores brasileiros.
“O Banco do Brasil continuaatendendo. Nós somos líderes do financiamento aocomércio exterior e, em princípio, neste momento dápara atender. Vamos continuar observando, continuar a renovar linhas,tendendo a renovar linhas, ver o que dá”,disse.
Lima Neto considerou no entanto queuma elevação nas taxas é conseqüêncianatural do estreitamento do prazo e do esgotamento de créditono exterior.
“No que diz respeito as linhasexternas para o financiamento de comércio exterior existe de fato umaestreitamento de prazos e cotação de lotes menores doque vínhamos cotando no banco e no sistema como um todo , mastudo sob controle. Não temos nada de luz vermelha ou luzamarela, não”.
Sobre as medidas tomadas pelo BancoCentral para aumentar a liquidez do mercado (oferta de mais dinheirona economia), o presidente do BB afirmou que as linhas domésticasdo banco estão perfeitas e a instituição nãotem problemas. Depois de deixar clara que representa apenas o Bancodo Brasil, Lima Neto disse que o sistema é “sólido emuito bem gerido”.
Quanto à decisão do BCde prorrogar o prazo sobre o compulsório do leasing,ele informou que a medida pouco atinge o BB. No caso do compulsóriosobre os depósitos à vista e a poupança opresidente da instituição disse que o impacto seráresidual.
Segundo Lima Neto, o BB nãotem enfrentado problema de captação de recursos por sero maior banco do país em crédito e depósito. “Aquestão de liquidez interna para o Banco do Brasil éextremamente tranqüila. Na realidade o comércio exterior,as linhas externas têm esse fato que independe de nós,mas o Banco do Brasil administra muito bem isso. Temos conseguidoatender”.