Da Agência Brasil
Brasília - Organizaçõessindicais bolivianas favoráveis ao presidente EvoMorales decidiram intensificar o bloqueio de estradas que levam ao departamento (estado) de SantaCruz depois que prefeitos e governadores da oposiçãose negaram a firmar um entendimento com o governo para convocar umreferendo sobre a reforma constitucional. As informaçõessão da agência argentina Telam.
Ontem(21), Morales disse que não abre mão de convocar oreferendo constitucional até o próximo dia 1º,contrariando proposta da oposição de adiar por 30 diaso anúncio.
Jáos representantes da oposição defendem mais tempo paraa discussão. De acordo com a BBC Brasil, em comunicado,os governadores contrários ao presidente informaram que asmesas que discutem as autonomias dos departamentos e aarrecadação do setor petroleiro vão continuar eos resultados deverão ser divulgados na quinta-feira (25).
No texto, eles lembram ainda que opré-acordo, assinado na semana passada com o governo, prevêum prazo de um mês, no mínimo, para a definiçãoda data do referendo sobre a Carta Magna.
“Não podemos firmar algoque signifique aprovar às cegas o novo texto constitucional. Oque queremos é agilizar o máximo possível o diálogo,mas que se respeitem os prazos estabelecidos no documento em quefixamos as condições”, disse o prefeito do departamento deTarija, Mario Cossío.
No entanto, os dirigentes dossindicatos, apoiadores de Morales, argumentam que os opositoresdecidiriam utilizar o diálogo para evitar que os movimentossociais se aproximem do Congresso Nacional até que a lei queconvoque o referendo seja aprovada.
“Não vamos permitir maisesse abuso, [os opositores] não querem firmar o acordoe estão querendo fracassar o diálogo. Antes disso,decidimos radicalizar o bloqueio dos caminhos a Santa Cruz atéque se firme um acordo. Essa é uma decisão orgânicae ninguém vai nos fazer mudar”, afirmou o presidente daCoordenação Nacional para a Mudança, FidelSurco, segundo a agência Telam.