Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Desde o inícioda campanha para as eleições municipais, um candidato aprefeito e três a vereador foram assassinados no estado dePernambuco. Apesar disso, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE)ainda reluta em requisitar forças federais de segurançae mantém um voto de confiança nas autoridades policiaisdo estado. O presidente do TRE-PE,desembargador Jovaldo Nunes, reuniu-se hoje (22) com o comando da Polícia Militare manteve, por enquanto, a decisão de não solicitar auxílio.“Perguntei a eles setinham condição de manter a ordem no estado e a respostafoi positiva. Eles não vislumbram a necessidade [de atuaçãodas forças federais]”, disse Nunes, em entrevista àAgência Brasil. “Mas não está descartada umapossível requisição”, ressalvou. O primeiro doscandidatos assassinados no estado foi o candidato a prefeito deItaquitinga, na zona da mata, o médico Sérgio Ricardode Souza (PSB). Também foram mortos o vereador de Terezinha -município do agreste pernambucano -, Lourinaldo Felix Vieira(PTB), candidato à reeleição, que presidia umsindicato de trabalhadores rurais, e o candidato a vereador deCabrobó, no sertão, o índio Mozenir Araújode Sá (PT).A última vítima,assassinada com um tiro na nuca, na noite do último sábado (20),foi o candidato a vereador de Saloá, no agreste, FernandoGaldino (PR). Segundo informações da AgênciaEstado, o candidato seguia de moto para um comitê do partido,acompanhado do filho de 17 anos, quando foi abordado por doismotoqueiros que o mataram, mas nada fizeram ao adolescente. Segundo o presidente doTRE, não se pode atribuir razões políticas atodos os assassinatos. “Pelo menos dois desses crimes não têmnada a ver com questões políticas”, minimizou. Jovaldo Nunes tambémressaltou que os locais onde tradicionalmente ocorre maior incidênciade crimes de cunho político são cidades pequenas dosertão, como Águas Belas, Manari e Cabrobó. Paraestas cidades, o presidente do TRE informou já tersolicitado uma atenção especial por parte das políciasCivil e Militar.