Pré-sal desperta interesse de estatal petrolífera de Angola

22/09/2008 - 20h01

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os convênios que vêm sendo firmados hátrês anos entre a estatal angolana de petróleo, aSonangol, e empresas brasileiras do setor de tecnologia da informação(TI), com programas desenvolvidos tanto em Luanda, como no Brasil,poderão ser ampliados a partir das recentes descobertas dereservas de petróleo na camada do pré-sal.A avaliação foi feita hoje (22) àAgência Brasil por Élcio Rodrigues, coordenador doSeminário Brasil-Angola, que acontece na próximasemana, no Rio de Janeiro, dentro do 6º Encontro Nacional deTecnologia e Negócios (Rio Info 2008).O evento é promovido pelo Sindicato dasEmpresas de Informática do Rio de Janeiro (Seprorj),Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia daInformação, Software e Internet (Assespro) e Riosoft - agente do Softex, programa criado em 1993 pelo Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) comoinstrumento de apoio à produção e comérciodo software brasileiro.

Desde 2006, a Sonangol participa doseminário com o objetivo de estabelecer parcerias. Ointercâmbio que existe hoje, segundo relata Rodrigues, foifruto de convênios firmados nas ediçõesanteriores da Rio Info.

Segundo Rodrigues, este ano, devidoàs repercussões das descobertas de reservas de petróleopela Petrobras, na área do pré-sal, um grupo deengenheiros da estatal angolana virá ao evento especificamentepara fazer apresentações sobre necessidades de seu paíse em que segmentos eles têm interesse em investir nos próximosdois anos.

Há a possibilidade deintensificar as parcerias já estabelecidas nos últimosanos com fornecedores brasileiros. “São projetos nuncainferiores à cifra de milhão de dólares, emdiversos segmentos”, observou Rodrigues.De acordo com avaliação docoordenador do seminário, as principais áreas emtecnologia da informação (TI) do Brasil que despertaminteresse para a Sonangol, atualmente, são telecomunicações,segurança empresarial e programas de compras eletrônicas.“É mais um passo nessa aproximação que a gentevem construindo com eles pelo terceiro ano consecutivo”, afirmou.

As companhias angolanas, segundoRodrigues, têm se interessado no que o Brasil desenvolve naárea de TI, para melhoria da gestão de serviçosbancários brasileiros e também na área de mineração, já que o país africano égrande produtor de diamantes.

“Mas, eu diria que, no momento, aárea de seguros e de serviços financeiros constituemmercados eminentemente compradores de produtos brasileiros”,afirmou Élcio Rodrigues.A Rio Info 2008 será aberta no próximodia 30, no Hotel Glória, e se estenderá até odia 2 de outubro.