Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Pesquisa daConfederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou que a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula daSilva atingiu o patamar de 77,7% - nos mesmos níveis do iníciode seu governo, em 2003.Os números foramrevelados em pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, encomendada pela CNT, com duasmil pessoas de todas as regiões do país, entre os dias15 e 19 deste mês, com margem de erro de três pontos percentuais, para mais e para menos.A alta avaliaçãodo presidente Lula refletiu o desempenho do governo em geral, aprovado por68,8% dos entrevistados, conforme afirmou o diretor do InstitutoSensus, Ricardo Guedes, ao divulgar hoje (22) os resultados dapesquisa. Em especial, segundo ele, por causa dos bons resultados daeconomia, dos programas sociais e do aumento do poder de compra dotrabalhador.Segundo Guedes, a popularidade dopresidente não implica, obrigatoriamente, em transferênciade votos. Lula tem potencial de 44,1% quanto ao apoio de candidatos aprefeitos, nas eleições do próximo dia 5. Omesmo não acontece, porém, com relação àsucessão presidencial, em 2010, quando o escolhido em todas assimulações é o governador de São Paulo,José Serra, do PSDB, se as eleições fossem hoje.Ricardo Guedes disse que“sem dúvida”, o presidente Lula “é o maior caboeleitoral do Brasil e tem força de transferência”, maso candidato apoiado por ele “tem que ser politicamente palatável”.E, pelo menos por enquanto, os possíveis candidatos petistas àsucessão de Lula ainda não apresentam forte nívelde competitividade, de acordo com o diretor do Sensus.Em simulaçõesde primeiro turno, Serra teria 38,1% dos votos, contra 17,4% dodeputado Ciro Gomes (PSB-CE), 9,9% da ex-senadora HeloísaHelena (P-SOL-AL), e só então viria a ministra da CasaCivil, Dilma Housseff, que tem o apoio do presidente da República.Nas mediçõespara o segundo turno da corrida presidencial, Serra venceria DilmaRousseff por 51,4% a 15,7%, e se o concorrente fosse o ministro doDesenvolvimento Social, Patrus Ananias, outro nome lembrado pelospetistas, a diferença seria ainda maior: de 55,1% a 7,7%. Adisputa mais acirrada em um possível segundo turno seria comCiro Gomes, por 47,1% a 22,5%.