Ex-agente diz que participou de forma burocrática na Operação Satiagraha

17/09/2008 - 18h50

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-agente do extintoServiço Nacional de Informações (SNI) FranciscoAmbrósio Nascimento disse hoje (17), naComissão Mista de Controle das Atividades de Inteligênciado Congresso Nacional, que sua atuaçãonas investigações da Operação Satiagraha,da Polícia Federal, limitou-se à “leitura superficialde e-mails”, sem entrar no conteúdo dos mesmos. Ele informou que seaposentou no órgão em 1998, e nunca atuou na AgênciaBrasileira de Inteligência (Abin). O ex-agente tambémnegou que tenha sido “o braço direito” do coordenador dasinvestigações da Operação Satiagraha,delegado Protógenes Queiroz. Da mesma forma, negou a versãode ser o elo de ligação entre a Abin e a PolíciaFederal. Francisco Ambrósiodisse desconhecer as atribuições dos agentes da Abinnas investigações, que, segundo ele, é umaconduta básica do setor de inteligência. O ex-agente afirmou queem nenhum momento participou de grampos telefônicos, “legaisou ilegais”, contra os investigados e autoridades públicas,especialmente o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e opresidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.Francisco Ambrósio afirmou que seu trabalho era burocrático e suas entradas nasede da Polícia Federal foram registradas na portaria. O depoimento deFrancisco Ambrósio contou apenas com a presença dopresidente da comissão, senador Heráclito Fortes(DEM-PI), e dos senadores Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) eEduardo Suplicy (PT-SP). A sessão durou cerca de 30 minutos.