Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com base em um projeto criado em 1993, no interior do Paraná e estendido, depois, em 1996, a Curitiba, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançou hoje (17) o programa Cidadania e Justiça Também se Aprendem na Escola, no Colégio Estadual Monteiro de Carvalho, em Santa Teresa, centro do Rio de Janeiro.
O coordenador do programa, juiz Roberto Bacellar, disse que o objetivo do projeto é levar informações sobre direitos e deveres do cidadão, bem como dar noções de cidadania para crianças e jovens da rede pública de ensino.
“Para que essas crianças e jovens possam levar para suas casas, para seus pais. E a partir disso, a idéia é desenvolver conceitos de direito, cidadania, ética, para que essas crianças possam, conhecendo os seus direitos, melhor exercitá-los”, explicou o juiz.
O Rio de Janeiro é o primeiro estado brasileiro a receber o projeto já transformado em um programa mais amplo. “Agora ele está nascendo como um programa para ser levado ao Brasil todo.”Em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e a Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro (Amaerj), a AMB lançou também o site do programa, totalmente interativo, que auxiliará as pessoas a se informarem sobre seus direitos e deveres como cidadãos e a forma de exercê-los.
Foi lançado também o Manual de Desenvolvimento do Programa Cidadania e Justiça, dirigido ao professor, que explica como desenvolver o programa em todas as suas fases. “As crianças visitam os órgãos públicos, o juiz vai até a escola, depois as crianças fazem um trabalho cultural, uma produção sobre aquilo que elas aprenderam. Ao final, fazem um relatório. E o programa é avaliado”, relatou Bacellar.
No lançamento, foi distribuída a Cartilha da Justiça em Quadrinhos, material cujo foco é mostrar ao professor que é possível ensinar cidadania. A cartilha tem informações sobre os direitos, a formação do Estado e explica o que a polícia e a Justiça fazem, por exemplo.
"A partir desse material de apoio, as pessoas, conhecendo seus direitos, vão poder ser melhores cidadãos. A cartilha dá noções básicas de direitos e deveres. Esse conhecimento básico vai despertar a cidadania nessas crianças e nesses jovens.”