Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os três dias da ocupação das ForçasArmadas em comunidades de Jacarepaguá, zona oeste do Rio deJaneiro, e do Complexo da Maré, zona norte da cidade, foramconsiderados positivos pela coordenadoria de Fiscalizaçãoda Propaganda do Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE-RJ). Nãohouve prisões e nenhum incidente grave foi registrado. Os fiscais doTRE apreenderam mais de quatro toneladas de material irregular decampanha no período. As tropas federais que integram a OperaçãoGuanabara - criada para dar segurança em áreas onde ajustiça eleitoral identificou a ação detraficantes e milícias impedindo o livre acesso de candidatosa vereador e a prefeito - ficaram, atéo final da tarde de hoje (13), nas comunidades de Rio das Pedras,Gardênia Azul e Cidade de Deus, em Jacarepaguá, e naVila dos Pinheiros e Nova Holanda, no Complexo da Maré. “Para a fiscalizaçãode propaganda, a Operação Guanabara foi boa, porqueagilizou o trabalho dos fiscais. Tivemos um caso na Cidade de Deus,em que um candidato que estava impedido de fazer campanha conseguiuromper a barreira do tráfico e cumprimentar seus eleitores.Isso pra nós já é bastante significativo”,destacou o chefe de fiscalização do TRE-RJ, Luiz Fernando Santa Brígida.Hoje pela manhã, fiscais do TRE retiraram adesivos de uma candidata a vereadoracolocados de forma irregular em uma Kombi, na Vila dos Pinheiros. Nascomunidades de Jacarepaguá, houve também recolhimentode farto material.Luiz Fernando enfatizou,ainda, que “os fiscais do TRE estão dando um choque delegalidade para garantir lisura no processo eleitoral, mostrando àpopulação que ela não deve se deixar coagir emrelação à escolha de seu candidato”.A partir de amanhã(14) até terça-feira (16), as tropas federais vãoocupar a Vila Aliança, em Bangu, e as comunidades do Taquarale Coréia, em Senador Câmara, na zona oeste. Depois,seguem para Rocinha e Vidigal, na zona sul.A Operação Guanabaraprevê o patrulhamento de 27 comunidades do Grande Rio e acidade de Campos dos Goitacazes, no norte do Estado até arealização do primeiro turno das eleiçõesmunicipais. As áreas foram mapeadas pela justiçaeleitoral com base em denúncias confirmadas de que traficantesde drogas e milicianos estariam permitindo apenas a campanhaeleitoral de candidatos apoiados por eles.