Promotores públicos querem criar associação para consolidar política criminal uniforme

05/09/2008 - 16h08

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Promotores de Justiça, coordenadores dos centros de Apoio Operacionais Criminais de 15 estados brasileiros, estão reunidos hoje (5) na capital paulista para discutir a criação da Associação Nacional do Ministério Público Criminal. O objetivo é reunir os promotores e procuradores criminais de todo país em uma entidade, que se esforçará para consolidar uma política criminal uniforme dentro do Ministério Público.O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais, Augusto Eduardo de Souza Rossini, explicou que o objetivo dessa associação "é defender melhor a sociedade e as vítimas de crimes" . Ele destacou que é preciso uma melhor organização do Ministério Público para a construção de uma política criminal, que esteja de acordo com os interesses da sociedade. “Nosso lema é o direito penal necessário, nem mínimo nem máximo, mas o necessário para o enfrentamento desse tipo de criminalidade que aí está”.Rossini disse que a criação da associação permitirá que os promotores saibam o que os outros estão fazendo e como estão trabalhando, porque estarão interligados em rede com acesso por meio de uma página na internet, onde estarão registradas todas as ações dos promotores. “O promotor vai lá saber o que o colega do outro estado está fazendo para ter uma linha de atuação uniforme e para que, chegando nos tribunais superiores, não tenhamos concepções antagônicas”. Segundo ele, "a integração dará ainda mais velocidade e eficiência e eficácia à justiça". Esta é a segunda reunião e desde o primeiro encontro já foram realizadas diversas atuações conjuntas. “Porque você consegue compreender a dificuldade do colega, mas também consegue se apoderar de um bom trabalho que ele fez e quando um promotor dá um parecer não é dele, é da instituição”. Rossini falou que essa cultura será disseminada para "combater a criminalidade, com mais eficiência e menos gasto de energia e recursos".