Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Embaixada Britânica admitiu hoje (15) que o governo do Reino Unido estuda exigir o visto de entrada para cidadãos brasileiros e de outros dez países que visitem a Inglaterra, a Escócia, a Irlanda do Norte e o País de Gales. Com a introdução da nova política, pessoas provenientes da Bolívia, Botsuana, Brasil, Lesoto, Malásia, Ilhas Maurício, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Trinidad e Tobago e Venezuela precisariam pedir um visto de seis meses antes de viajar ao Reino Unido.Em nota divulgada após o jornal O Estado de S. Paulo ter publicado que o governo britânico teria feito uma série de exigências ao governo brasileiro para não voltar a pedir o visto, a embaixada afirma que nenhuma decisão será tomada até o início de 2009. Até lá, o Reino Unido se compromete a “trabalhar em conjunto” com os governos dos países, “avaliando as medidas cabíveis para reduzir os riscos potenciais oferecidos pelos cidadãos desses países”.Segundo o jornal, o governo britânico identificaria os 11 países pelo alto índice de imigrantes ilegais e a outros crimes. O Estado de S. Paulo garante ainda que, em carta entregue pelo embaixador Peter Collecot ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em julho deste ano, haveria a exigência de que um policial britânico atue no setor de imigração do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). Além disso, as agências de turismo brasileiras deverão entrevistar seus clientes a fim de identificar os que tiverem intenção de imigrar ilegalmente, não lhes vendendo passagens.A embaixada admite que entre as medidas discutidas com os governos locais está o envio de um “oficial britânico” para o país em questão. De acordo com a embaixada, atualmente esses oficiais atuam em cerca de 30 países, desempenhando um papel de consultoria, oferecendo treinamento às companhias aéreas e às autoridades nacionais de imigração. Eles não têm, no entanto, autoridade executiva.Atualmente, o Reino Unido exige vistos de entrada para cidadãos de mais de 100 países, o que representa mais de 75% da população mundial.