Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Brasil e o Paraguai poderão iniciar osprimeiros testes de uso do hidrogênio como combustívelpara veículos no segundo semestre do ano que vem. A previsãoda equipe técnica responsável pelo projeto,desenvolvido em conjunto pela Itaipu Binacional e pelo Laboratóriode Hidrogênio do Instituto de Física da UniversidadeEstadual de Campinas (Unicamp). Hoje (14) de manhã, o coordenador pelaUnicamp, professor e físico Ennio Peres da Silva, entregou aplanta para construção da Usina Experimental deProdução de Hidrogênio ao gerente do Departamentode Obras e Manutenção, Andreas Arion, e ao engenheiroeletricista Marcelo Miguel, ambos da Itaipu Binacional. As obrascomeçam ainda neste ano e devem ser concluídas atéo fim do ano que vem.Marcelo Miguel disse que ainda falta definir comoserão as parcerias com as montadoras instaladas no Brasil parafabricação dos modelos de veículos movidos ahidrogênio que servirão para os ensaios tecnológicos. “Esse é o combustível do futuro.”Por não ser poluente, observou Marcelo, o hidrogêniopoderá ajudar a preservar a natureza e, mesmo que nãovenha a substituir plenamente as demais opções decombustível, poderá em boa parte ser adotado no mercadode veículos flex.Em princípio, a expectativa édesenvolver paralelamente à construção da usina,no complexo de Itaipu, quatro protótipos – dois ônibuse dois automóveis elétricos híbridos com célulasa combustível. Os modelos serão testadossimultaneamente pelo Brasil e pelo Paraguai. Com espaço de 600metros quadrados, o laboratório será equipado paraproduzir hidrogênio, que é um gás pelo processode eletrólise da água, em que há a separaçãodos átomos por meio da energia elétrica. A idéiaé aproveitar o excedente de água da Usina de Itaipu.De acordo com o professor Ennio Silva, naCalifórnia e no Japão já estão rodando200 veículos do gênero fabricados pela montadorajaponesa Honda, em processo de fornecimento experimental que atraiu65 mil interessados.