Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O médico Joaquim Ribeiro Filho negou hoje (13) que tenha cometido qualquer tipo de fraude na fila de transplantes de órgãos. Ele foi interrogado pelo juiz Federal Lafredo Lisboa.O médico esclareceu para o juiz o sistema da fila de transplantes, apontando os critérios existentes para as cirurgias e sustentou que não houve privilégios para determinados pacientes na ordem da fila.O advogado Paulo Freitas, que defende o médico, classificou de levianas e distorcidas as acusações feitas pelo superintendente da Polícia Federal no Rio, Valdinho Jacinto Caetano, de que seu cliente tivesse pedido R$ 250 mil para realizar um transplante de fígado.“Foi uma afirmação leviana. Basta notar que em momento algum isso foi indagado durante o depoimento. Não consta da acusação. Foi uma afirmação distorcida da Polícia Federal, que induziu a sociedade e a opinião pública contra o meu cliente. É um fato gravíssimo, que não tem respaldo em nenhum elemento nos auto", disse Freitas.Também foi interrogado hoje o médico Eduardo de Souza Fernandes, que faz parte da equipe de transplante de fígado do Hospital do Fundão. Eles foram presos durante a operação Fura Fila, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 30 de julho.