Presidente do Clube Militar considera encerrado debate sobre punição a torturadores

13/08/2008 - 18h05

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O manifesto assinado por juristas e advogados contra a decisão do governo de encerrar o debate sobre possíveis punições a torturadores da ditadura militar não preocupa o presidente do Clube Militar, general Gilberto Barbosa de Figueiredo.

Ele disse hoje (13) que preocupava os militares o fato de o governo apoiar essas punições, “o que nos parecia contra o interesse nacional”.

O encerramento da questão pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ontem (12), na cerimônia de promoção de oficiais-generais, em Brasília, não invalida, segundo Figueiredo, que segmentos da sociedade manifestem suas posições. “Nós estamos numa democracia. Cada um pensa como quiser”, opinou.

O presidente do Clube Militar advertiu que “juristas bastante mais conceituados” já  expressaram posicionamentos diversos do manifesto assinado, entre outros, pelo ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. “Esses que se auto-intitulam juristas têm o direito de se manifestar”.

Para o general, o assunto da punição aos torturadores da ditadura militar está concluído. “A não ser que surja um fato novo, para mim está encerrado”, afirmou.