Minc diz que mudança no projeto de Jirau tem quatro pontos positivos e um negativo

11/08/2008 - 20h17

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A mudança no projeto básico da UsinaHidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, que deslocou em novequilômetros o local de construção da barragem“tem quatro pontos negativos e um positivo”, de acordo com oministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Equipes do ministérioe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama) estão no local avaliando os impactosda mudança anunciada pelo consórcio vencedor dalicitação após o leilão doempreendimento.

“Do ponto de vista ambiental, até agora nósidentificamos quatro impactos positivos e um negativo. Os positivossão em relação à questão damalária, à sedimentação, do bota-fora dasrochas e da questão dos peixes. E o impacto negativo éo aumento da área inundada. Nossa equipe está noterreno querendo saber exatamente o que há nessa áreainundada, se há muita população ou pouca, se temespécies de alto valor do ponto de vista de flora, de fauna;estamos mensurando o tamanho do impacto negativo”, detalhou Minchoje (11), durante anúncio da licença de instalaçãoda Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que também integra o complexoenergético do Rio Madeira.

A identificação de mais pontos positivosque negativos na mudança do projeto não significa que oIbama irá aprovar a alteração. O presidente doórgão, Roberto Messias Franco, ponderou que “nemsempre quatro é maior que um”, ao comentar as possibilidadesde aprovação ambiental da mudança. “Comer umboi, por exemplo, é mais que comer quatro galinhas”, comparou, brincando.

Segundo Minc, a área ambiental decidirá“em breve” sobre Jirau. “Outros aspectos: econômicos,financeiros, licitações, isso é com o Ministériode Minas e Energia e com a Agência Nacional de Emergia Elétrica [Aneel]. Nossa questão é ambiental”, disse o ministro do Meio Ambiente. O contrato de concessãoda UH de Jirau seráassinado amanhã (12) no Palácio doPlanalto.