Embaixada russa confirma que, apesar de cessar-fogo, conflitos na Ossétia do Sul continuam

11/08/2008 - 0h15

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Embaixada da Rússiano Brasil confirmou hoje (11) que, apesar das promessas decessar-fogo tanto por parte da Geórgia como por parte daRússia, os conflitos na província separatista daOssétia do Sul, por enquanto, continuam.Ontem (10), opresidente da Geórgia, MikhailSaakashvil, declarou cessar-fogo e propôs o iníciodas negociações com a Rússia, que rejeitou oacordo afirmando que tropas georgianas permaneciam na Ossétiado Sul.O governo russo quer que a Geórgiaaceite não apenas um acordo de cessar-fogo como tambémo compromisso de não utilizar forças armadas na regiãoseparatista.De acordo com a embaixada russa, mesmo depois docessar-fogo, a Geórgia permanece utilizando “artilhariapesada” na Ossétia do Sul e que, portanto, o acordo nãose concretizou. De acordo com a BBCBrasil, o presidente georgianoassinou hoje (11) nova proposta de cessar-fogo apresentada pela UniãoEuropéia na capital do país, Tbilisi. Odocumento foi assinado na presença do ministro das RelaçõesExteriores da França, Bernard Kouchner e da Finlândia,Alexander Stubb, que estão na Geórgia para tentarnegociar o fim dos combates.Os detalhes da propostaainda são desconhecidos mas parte do conteúdo do planoenvolveria o cessar-fogo imediato, a retirada controlada das tropasde ambos os lados e ainda eventuais discussões políticas.O presidente da Rússia,Dmitri Medvedev, afirmou hoje que a operação militarrussa na Ossétia do Sul estaria próxima ao final.O conflito na Ossétiado Sul – que, desde o fim da extinta União Soviética,luta pela independência da Geórgia – começou namadrugada da última sexta-feira (8). Ainda segundo a BBCBrasil, cerca de 150 tanques e outros veículos militaresrussos entraram na capital da região separatista, horas depoisque o governo da Geórgia anunciou que havia tomado controle dacidade de Tskhinvali. O país, neste momento, controla umaparte da capital e os russos, que apóiam os separatistas,outra parte.