Consumo de produtos siderúrgicos deve dobrar até 2015, prevê instituto

11/08/2008 - 19h43

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Se a economia brasileira mantiver um crescimento sustentado de 5% ao ano, até 2015, o consumo aparente de produtos siderúrgicos, que é o resultado das vendas internas mais importações, deve subir de 22 milhões de toneladas, registradas em 2007, para até 44 milhões de toneladas anuais.A estimativa foi feita hoje (11) pelo presidente doInstituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Flávio Azevedo. "Vai dobrar", disse. Segundo ele, o setor está realizando investimentos“pesados” no parque existente diante dessa expectativa.

No período 2008/2013, serão investidos US$ 27,1 bilhões, visando a ampliar a capacidade instalada em 15,3 milhões de toneladas. Desse total de investimentos, 70% já estão aprovados e em andamento. “Não há nenhum indicativo de que qualquer desses investimentos vai sofrer algum tipo de problema”, observou.

Novas empresas que estão se instalando no país deverão investir US$ 5,8 bilhões de 2009 a 2013, elevando a capacidade instalada em mais 6,8 milhões de toneladas. “Isso significa que, até 2015, teremos um aumento de 22  milhões de toneladas na capacidade produtiva instalada, chegando a 63 milhões de toneladas”. Hoje, a capacidade instalada é de 41 milhões de toneladas.

Com o aumento projetado da demanda atual, Azevedo disse que vão sobrar em torno de 20 milhões de toneladas para a exportação. Outros projetos se encontram em estudo para o período posterior a 2013, englobando investimentos de US$ 12,8 bilhões, que representarão um adicional de capacidade de 17,5 milhões de toneladas.

A previsão é de que a capacidade instalada alcance o volume de 80,6 milhões de toneladas, em 2015 ou 2016, para um consumo aparente de até 42 milhões de toneladas. “Aí, sobraria ainda mais para a exportação”, afirmou Azevedo. Ele disse que a prioridade do setor, no entanto, é o atendimento do mercado interno.

“Não vai haver desabastecimento mesmo com previsão de aumento da demanda até 2015, com crescimento do Brasil de 5% ao ano”, analisou.