Governo federal quer ampliar recursos para o Fundo de Marinha Mercante

05/08/2008 - 21h39

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho,  afirmou hoje (5), no Rio de Janeiro, que está buscando apoio dos Ministérios da Fazenda e dos Transportes  para o Fundo de Marinha Mercante (FMM), cujos recursos são oriundos da taxa de arrecadação de afretamento. 

“Vamos equacionar isso. O Fundo da Marinha Mercante é muito importante e precisa  apoiar o setor”, prometeu Coutinho. Ele admitiu, entretanto, que  há no momento uma  sobrecarga de demanda por financiamentos do BNDES na área do petróleo, o que retardou um pouco o questão do FMM.A  diretora do FMM, Débora Martins Teixeira, disse à Agência Brasil que o fundo já tem contratados até 2010 cerca de R$ 9 bilhões para obras da indústria naval consideradas prioritárias pelo Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante. E acrescentou que haveria, ao final desse período, um saldo em torno de R$ 400 milhões.  “O que os ministérios estão tentando é uma forma de aumentar o fluxo de recursos para o fundo, em função da crescente demanda do setor”.  Ela salientou, contudo, que o fundo não está sem recursos.Em  nota enviada à Agência Brasil, o Ministério dos Transportes esclareceu que um conjunto de projetos ora em análise pelo Departamento do Fundo da Marinha Mercante deverá somar mais R$ 3 bilhões para investimentos no setor naval até o final de 2010. A assessoria de imprensa do ministério assinalou que esses projetos têm a  execução garantida e estão  incluídos entre as prioridades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).“A provável conversão de tais projetos em contratos poderá levar a um déficit transitório de recursos para investimentos somente a partir de 2011”, diz a nota. Por essa razão, o governo federal estaria estudando meios de garantir os recursos necessários para poder manter o fluxo de investimentos por intermédio do Fundo da Marinha Mercante.  A procedência desses recursos, porém,  ainda não foi definida, assegurou  a assessoria.