Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Cincopessoas foram presas durante a OperaçãoPedra Redonda, desencadeada hoje (23) pela PolíciaFederal (PF) simultaneamente no Brasil e no Uruguai. Aotodo, estão sendo cumpridos quatro mandados de busca eapreensão em Porto Alegre, além dos cinco mandados de prisão(quatro na capital gaúcha e um no Uruguai).Segundonota da PF, a operação tem o objetivo dedesarticular uma organização criminosa especializada emtráfico de substâncias entorpecentes pela internet. Sessenta policiais federais participam daação, iniciada como um desdobramento da OperaçãoOuro Verde, realizada em março de 2007, quando foram presos integrantes de uma quadrilha que operava um banco ilegal eenviava dinheiro ao exterior.Durantea análise do material da Operação Ouro Verde, chamou a atenção dospoliciais federais a movimentação financeira de umjovem gaúcho, que, apesar de ter menos de 30 anos e nãoter atividade profissional definida, era um dos principaisinvestidores do banco paralelo, sendo titular de milhões de dólares. A Polícia Federal não divulgou o nome do jovem.“Emtrabalho conjunto com agentes do DEA (Drug EnforcementAdministration), órgão do Departamento de Justiçados Estados Unidos, a Polícia Federal verificou que o jovemintegrava uma quadrilha que operava farmácias virtuais nainternet e comercializava drogas sintéticas de uso controlado,vendendo essas substâncias de forma ilegal, especialmente paraos Estados Unidos, conduta que se equipara ao tráfico dedrogas”, diz trecho da nota da PF.Aindade acordo com Polícia Federal, a investigaçãonorte-americana localizou bens de alto valor com os parceiros dojovem gaúcho, como mansões na Flórida (Estados Unidos) avaliadas em milhões de dólares e automóveis deluxo.Ainvestigação verificou que o elo gaúcho daquadrilha contou com a ajuda de outros jovens, alguns com grande conhecimento deinformática e com pouco mais de 20 anos de idade, queexecutavam tarefas e agiam como seu braço direito, além de utilizar parentes para movimentar valores e registrar bens em nome deterceiros.Alémdas autoridades americanas, a investigação contou comauxílio da Interpol e da Direção Nacional deInformação e Inteligência da PolíciaUruguaia. Segundo a PF, os presos responderão pelos crimes de tráficointernacional de drogas, formação de quadrilha, lavagemde dinheiro e evasão de divisas, cujas penas somadas podemalcançar 30 anos de reclusão.