Metrópoles do Sudeste estão no topo do ranking da geração de empregos

23/07/2008 - 20h42

Da Agência Brasil

Brasília - Asregiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte eRio de Janeiro foram as que tiveram maior crescimento de empregosformais no primeiro semestre de 2008 e também no mês dejunho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados(Caged), divulgados hoje (23) pelo Ministério do Trabalho. São Paulo criou 217 mil empregos formais no semestre e 40,5mil, em junho. Isso significa umcrescimento de 4,26% no número de trabalhadores com carteiraassinada na região, nos últimos seis meses. BeloHorizonte, a segunda do ranking, gerou 57 mil empregos no primeirosemestre, um aumento de 4,85%.

Nasposições seguintes, ficaram as metrópoles doRio de Janeiro, com 56,89 mil empregos no semestre (aumento de 2,68%);Curitiba, com 34,9 mil (4,47%); Porto Alegre, com 29,2 mil (3,31%); Salvador, com 19,5 mil (3,05%); Fortaleza, com 14,6 mil (2,88%); Recife, com 7,37 mil (1,26%);e Belém, com 6 mil empregos (2,36%).

Mas, parao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o destaque é ocrescimento dos empregos nas cidades do interior do país. Omunicípio de Campinas, em São Paulo, por exemplo, gerou 12 mil empregos noúltimo semestre. Campinas foi o primeiro em geração do número de empregos no período, na avaliaçãodos municípios do interior. A cidade ultrapassou Recife, oitava colocada no ranking das regiões metropolitanas.

Lupiatribuiu a criação de empregos no interior àinfra-estrutura criada pelos investimentos do governo federal,principalmente pelo Programa de Aceleração doCrescimento(PAC). “O PAC está ajudando muito a escoar commais facilidade, investimento nos portos, investimento nas ferrovias,investimento em hidrelétricas, tudo isso está gerandoemprego”, avaliou.

Naopinião do ministro, existe uma tendência de crescimento no número de vagas nointerior do Brasil, devido a grande vocação agrícolado país. “Isso [o crescimento de vagas no interior] é muito importante porque evita oêxodo rural, inchaço das grandes metrópoles, criauma distribuição melhor da riqueza brasileira”,afirmou.

A geração de empregos está mais concentrada noCentro-Sul do país. No ranking das 50 cidades do interior quemais geraram empregos formais no primeiro semestre, aparecem apenasduas cidades do Nordeste. Petrolina (PE) ocupa o 12º lugar da pesquisa, com 6,6 mil empregos (18,44%). Mais abaixo,na 38ª posição, está Juazeiro (BA), com 3,36mil empregos (16,85%).

Petrolina, no entanto,aparece em primeiro lugar no ranking de junho, com 5,3 mil empregos. No Caged de junho, estão presentes outras cinco cidades nordestinas:Sobral-CE (13º lugar), Juazeiro (14º lugar), União-PI (42º lugar),São Desidério-BA (43º lugar) e Mossoro-RN (47º lugar).Segundo Lupi, a explicação para o crescimento do número de empregos temexplicações distintas para cada parte do país. Ele ressaltou, ainda, que a falta de qualificação demão-de-obra é um fator problemático para a expansãodo mercado de trabalho. “Por isso, a gente estátrabalhando para realizar o maior número de convênioscom estados, municípios, e instituições, paraqualificar o trabalhador”, explicou.