Parlamentar defende que BRB permaneça nas mãos de um banco público

11/07/2008 - 5h59

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A deputada distrital ÉrikaKokay (PT-DF), integrante da Frente Parlamentar em Defesa do BRB,defende que o banco permaneça público, caso o governodo Distrito Federal tome uma decisão pela venda dainstituição. Mas para ela o ideal era que o BRB permancesse  como um banco estadual. A frente foi criada em novembro doano passado e é formada por parlamentares da CâmaraLegislativa do Distrito Federal.Para Érica Kokay, aincorporação do BRB pelo Banco do Brasil émelhor do que a privatização, uma vez que os servidoresda instituição permaneceriam como funcionários públicos. Ela disse que a frente parlamentardefende a criação de um plano de desenvolvimento localpara o DF, com base na vocação econômica da região. “Cabe ao GDF estabelecer apolítica que deve ser assegurada na negociação”,disse.A privatização éfortemente rechaçada pela parlamentar. “O setor privado nãotem compromisso com o desenvolvimento local”, argumentou. Bradescoe Itaú já se declararam interessados em comprar o BRB.Para a deputada, a compra do BRB porum banco privado levaria a uma gestão direcionada somente parao lucro, sem atenção a questões sociais, como,por exemplo, o fechamento de agências que não têmalta rentabilidade.Já o secretário-geraldo Sindicato dos Bancários de Brasília, AndréMatias, critica a demora na decisão do governo do DistritoFederal sobre o BRB. “Gera desgaste para os funcionários epara a própria instituição”, alegou.Ele lembrou que o governo localpassou a estudar a possibilidade de vender o BRB logo depois deescândalos revelados pela Operação Aquarela, daPolícia Civil do Distrito Federal, que prendeutemporariamente o então presidente da instituição,Tarcísio Franklin de Moura. Moura foi acusado de desviar recursosdo banco. Parte desses recursos teria sido destinada aoex-governador de Brasília, Joaquim Roriz (PMDB-DF), querenunciou ao cargo de senador no ano passado.Matias também critica asmudanças de comando no banco, que já contou com cincopresidentes na gestão do atual governador José RobertoArruda. “Essa sucessão de mudanças na administração,no mínimo, evidencia falta de estratégia de gestão”,afirmou.