Governo do Distrito Federal só decide o que fará do BRB depois de nova auditoria

11/07/2008 - 5h50

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo do Distrito Federallevantou a possibilidade de vender o controle acionário doBanco de Brasília (BRB) no ano passado e, pouco depois, semostrou favorável à sua aquisição peloBanco do Brasil. Ontem (9), o Diário Oficialdo Distrito Federal publicou decreto que autoriza licitação para contratar a empresa que fará umaavaliação econômico-financeira do BRB. O editalde licitação deve ser divulgado até o finaldeste mês. Segundo o secretário deFazenda do Distrito Federal, Ronaldo Lázaro Medina, a empresade consultoria terá 70 dias para entregar seu relatório.A empresa KPMG já fez umtrabalho de auditoria nas contas do banco, a pedido do próprioBRB, mas, segundo Medina, as informações coletadas nãoforam suficientes para a tomada de decisão do governo sobre ofuturo da instituição. “Houve avaliação do BRB, mas nãoatende aos requisitos para uma decisão de alienação[venda], que é o mais provável”, disse.De acordo com o secretário,faltam dados como os riscos jurídicos, tributários,trabalhistas e da carteira de ativos, por exemplo. Os custos da nova auditoria estãoorçados entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões,segundo Medina. Ele, no entanto, não quis revelar o valor queo governo do Distrito Federal quer pelo BRB e também nãoinformou o valor estimado pela KPMG.De acordo com o secretário, ofuturo do BRB só será definido depois da conclusãoda nova auditoria. No caso da possibilidade deincorporação pelo Banco do Brasil, que já semostrou interessado, o secretário afirmou que vai depender dequanto a instituição bancária federal vaioferecer pelo BRB.Medina argumentou que a decisãode vender o banco passa  não somente por análisestécnicas de responsabilidade da Secretaria de Fazenda, mas também por questões jurídicas e políticasque dependem de avaliação do governador do DistritoFederal, José Roberto Arruda.O BRB não é o únicobanco público com possibilidade de ser incorporado pelo Bancodo Brasil. A instituição federal também estáem negociação para incorporar o Banco do Estado deSanta Catarina (Besc), a Nossa Caixa, de São Paulo e o Bancodo Estado do Piauí (BEP).