Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A FundaçãoNacional de Saúde (Funasa) informou hoje (30), por meio daassessoria de imprensa, que não reconhece a fonte que acusou atia da adolescente Jaiya Xavante – morta na últimaquarta-feira (25) no Hospital Universitário de Brasília – como autora do crime.Ela é uma dastrês irmãs casadas com o pai de Jaiya e, segundo a fonte da Funasa, em um acesso deciúme do marido, teria introduzidoum vergalhão de ferro de aproximadamente 40 centímetrosno órgão sexual da sobrinha. A assessoria reforçouque o posicionamento oficial da Funasa foi divulgado àimprensa em uma entrevista coletiva na últimasexta-feira (27) e que caberia à polícia, e nãoà alguém vinculado ao órgão, realizar ainvestigação e apontar suspeitos.Ainda de acordo com aassessoria, a Funasa não pretende fechar a Casa de Apoio àSaúde Indígena (Casai) – onde, segundo a polícia,ocorreu o crime – mas transferir o abrigo para outro local, melhoradaptado e que possa receber um número maior de indígenas. A contrataçãode licitação para a obra, segundo o órgão,já foi feita, mas não há ainda um endereçodefinido. A assessoria informou que a Casai permanece emfuncionamento no mesmo local – que, atualmente, atende cerca de 50indígenas – e só deve cessar o atendimento quando asnovas obras forem concluídas. A assessoria ressaltouque a transferência e a ampliação do local nãotêm ligação com a morte de Jaiya já que,segundo a Funasa, a adolescente morreu emconseqüência dos ferimentos sofridos e não por causa das instalações da Casai.O titular da 2ªDelegacia Policial do Distrito Federal, Antônio JoséRomeiro, também contestou hoje (30) a hipótese de que a tiada adolescente seja suspeita no caso. “Não temosnenhum suspeito. Falam sobre a tia da vítima, porque ela équem ficava o tempo todo ao lado da menina. É só porisso que ela foi indicada como suspeita. Nesse momento, não hánada que demonstre que a tia possa ter sido autora.”