Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Otitular da 2ª Delegacia Policial do Distrito Federal, Antônio JoséRomeiro, contestou hoje (30) a hipótese de que a tia daadolescente Jaiya Xavante, morta na última quarta-feira (25), sejasuspeita no caso. Na sexta-feira (27), uma fonte daFundação Nacional de Saúde (Funasa) informou à TV Brasil que a índia, de 16 anos, teria sidoagredida pela própria tia, Maria Imaculada Xavante.
“Nãotemos nenhum suspeito. Falam sobre a tia da vítima porque elaé quem ficava o tempo todo ao lado da menina. É sópor isso que ela foi indicada como suspeita. Nesse momento, nãohá nada que demonstre que a tia possa ter sido autora”.
Segundo o delegado a informação divulgada pelafonte da Funasa pode dificultar o andamento das investigações.Ele diz que a 2ª DP da Asa Norte, emBrasília – responsável pelo caso – já ouviualgumas testemunhas, mas precisa de novos depoimentos para darcontinuidade ao caso.
“Temosque ter a colaboração de todas as pessoas que tiveramcontato com a família da vítima e as pessoas sãoexatamente parentes, índios. Quando você lançasuspeita sobre alguns deles, evidentemente que é provávelque eles não queiram mais colaborar ou falar o que sabem arespeito do caso”.
De acordocom Romeiro, a previsão é de que alguns depoimentossejam prestados ainda hoje. Ele lembra, entretanto, que detalhes comoo local, a hora e quem são as testemunhas ainda nãoforam definidos. A intermediação, segundo o delegado,é feita pela direção da Casa de Apoio àSaúde Indígena (Casai), já que algumas das pessoasa serem ouvidas permanecem no local.
“Tudorealmente é muito prematuro. Precisamos investigar primeiro econcluir depois o caso”.
Elereforçou que a tia de Jaiya ainda está em Mato Grosso –estado onde fica localizada a tribo – e que, caso seja necessário,virá a Brasília para prestar esclarecimentos.