Sindicato de trabalhadores critica "campanha" para proibir amianto no Brasil

29/06/2008 - 11h54

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Emnota divulgada pelo presidente Adelman Araújo Filho(Chiru), o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria daExtração de Minerais Não Metálicos deMinaçu (GO) critica o que chama de “campanha desenfreadapara banir o amianto no Brasil”.

Chiru afirma que quempatrocina a alegada campanha adota uma postura “injusta, decaráter econômico, com interesses individuais semvisão coletiva e nem um pouco preocupada com os trabalhadores,os principais afetados.”

O dirigente sindicaltambém garante ter plena convicção de que épossível trabalhar com amianto de forma segura. Diz que osetor é hoje referência no exterior em organizaçãodo local de trabalho.

“O mineral amiantonão é o primeiro na lista de produtos perigosos, pelocontrário é o 130º. Porque proibir apenas o amianto?”, questionou.

Ao se referir àdenúncia protocolada na OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT) pela Associação Brasileira deExpostos ao Amianto (Abrea), de que os sindicatos do setor são cooptados pelo patronato, Chiru lista uma sériede benefícios garantidos aos trabalhadores mediante acordocoletivo com a Mineradora Sama: pagamento de faculdade, assistênciamédica e odontológica aos empregados, subsídiode farmácia de até 80% do valor da compra com receitamédica; cestas básicas e refeiçõesgratuitas, entre outros.

“Ostrabalhadores do segmento amianto são auto-suficientes parasaber o que querem. Estamos convictos de nossa segurança enão precisamos de abelhudos sem nenhum conhecimento de causa,com interesses escusos interferindo em nossa atividade”, protestouChiru.