Mylena Fiori
Enviada especial
Tucumán (Argentina) - Depoisde anos de negociação, o Chile e o Mercado Comum do Sul(Mercosul) concluíram um acordo para liberalizaçãodo setor de serviços. A parceria será oficialmenteanunciada durante a 35ª Cúpula de Chefes de Estado doMercosul e Estados Associados, terça-feira (1) na cidadeargentina de San Miguel de Tucumán. “É um acordo muito importante, que vinhasendo negociado há vários anos. Foi uma negociaçãomuito difícil”, disse o diretor do Departamento do Mercosuldo Ministério das relações Exteriores, ministroBruno Bath. Trata-se do primeiro acordo desse tipo firmado porBrasil, Argentina, Uruguai e Paraguai com um país de fora dobloco. O Chile é um Estado Associado do Mercosul –assim como Colômbia, Equador, Bolívia, Peru. Em junho de1996, as duas regiões firmaram um Acordo de ComplementaçãoEconômica visando à criação de uma zona delivre comércio, sem a adesão plena do Chile ao bloco. O acordo, que entrou em vigor em outubro daqueleano, previa a expansão e diversificação dointercâmbio comercial e a eliminação dasrestrições tarifárias e não-tarifáriasque afetam o comércio. Entre os compromissos assumidos,Mercosul e Chile se propunham a avançar nas negociaçõespara liberalização do comércio de serviços,o que finalmente se concretizará nesta Cúpula. Também deve ser assinado memorando deentendimento visando ao início do diálogo com Turquia eJordânia. Em dezembro passado, o Mercosul firmou tratado delivre comércio com Israel. O bloco tambémtem acordos de preferências com outros países e blocos,como a Índia e a União Aduaneira da ÁfricaAustral (Sacu), que reúne África do Sul, Botsuana,Lesoto, Namibia e Suazilândia.