Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ematendimento a pedido da Polícia Federal, o juiz MárioAzevedo Jambo, da 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, decidiu prorrogar a prisão temporária de seis dosenvolvidos na Operação Higia por mais cinco dias. Um dos quepermanecem presos é Lauro Maia, filho da governadora Wilma de Faria(PSB). O grupo é investigado por desvio de verbapública e fraude em processos licitatórios.

Também permanecem presos Herbert Florentino Gabriel, dono das empresasEnvipol e Condor; João Henrique Alves Lins Bahia Neto,secretário-adjunto de Esportes do governo do Rio Grande doNorte; Mauro Bezerra da Silva, da empresa Líder; Rosa MariaFigueiredo Caldas Câmara, procuradora do Estado; e MariaEleonora Lopes de Albuquerque Castim. Naúltima sexta-feira (13), a Operação Hígiacumpriu ao todo treze mandados de prisão e 42 mandados de buscae apreensão no Rio Grande do Norte e Paraíba. Osmandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal do RN.

Segundoa PF verificou, as empresas trocavam os nomes de seus sócioscom freqüência e receberam do governo potiguar, desde 2005, cerca de R$ 36 milhões. Elas participavam conjuntamente delicitações e firmavam um acordo prévio de quemvenceria a disputa. Quando o vencedor recebia a verba, o dinheiro eradividido entre todos os empresários. Policias federaisdescobriram documentos assinados e registrados em cartório comos percentuais a que cada empresário teria direito.

As investigaçõesforam realizadas pela PF, em conjunto com a Receita Federal,Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Públicodo Rio Grande do Norte.