Minc quer linha de crédito para modernizar exploração de madeira na Amazônia

27/05/2008 - 22h33

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao tomarposse hoje (27), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, definiu-secomo um “ecodesenvolvimentista” e afirmou, durante a cerimôniade transmissão de cargo, que pretende negociar com o BancoNacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) umalinha de financiamento para “modernizar o setor madeireiro”.

SegundoMinc, de cada 10 metros cúbicos de madeira extraída daAmazônia, apenas três chegam ao mercado. “Épreciso modernizar o setor para evitar o desperdício. O setortem que capacitar profissionais, melhorar as práticas epromover o manejo sustentável da floresta”, listou, ao comentarque conversou hoje sobre o assunto com representantes das indústriasmadeireiras.

Oministro anunciou para o próximo dia 5 de junho a criaçãode um fundo voluntário internacional para preservaçãoda Amazônia, que será regulamentado por decretopresidencial. A idéia do fundo é da equipe daex-ministra Marina Silva, anunciada desde dezembro do ano passado.Segundo Minc, a reserva já tem US$ 100 milhões doadospela Noruega.

Minctambém adiantou que pretende levar ao presidente Luiz InácioLula da Silva um decreto para dar ao Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) “poderessemelhantes” aos da Receita Federal  “para que se possa, porexemplo, leiloar imediatamente os bens apreendidos de criminososambientais”.

Napróxima quinta-feira (29), Minc vai à Alemanha para umareunião com ministros do Meio Ambiente durante a 9ªConferência das Partes da Convenção das NaçõesUnidas sobre Biodiversidade (COP-9). O ministro pretende voltar aoBrasil na sexta-feira (30), a tempo de participar de uma reuniãocom governadores de estados da Amazônia, em Belém (PA).