Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A isençãodo recolhimento do Programa de Integração Social e daContribuição para Financiamento da Seguridade Social(PIS/Cofins), até dezembro, para o trigo, a farinha e o pãofrancês começa a valer a partir de amanhã (28),quando será publicada medida provisória assinada hoje(27), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tratando da desoneração para esses produtos.Com isso, osempresários do setor deixarão de pagar 9,25% referentes aoimposto. O governo também acabou com a taxa de 25% cobradapelo frete nas importações de trigo e ampliou atéo dia 31 de agosto a validade do benefício da tarifa zero naimportação do trigo. Presente na cerimônia de encaminhamento daMP ao Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disseque as medidas vão conter a subida de preços. “Dessamaneira, estamos reduzindo os custos para que o preço dopãozinho não continue crescendo”, disse Mantega. Na avaliação do secretário dePolítica Econômica, do ministério, Bernard Appy,os efeitos das desonerações devem ser percebidos pelapopulação em duas semanas. O preço do pãozinhotem sido o grande vilão da inflação desde que aArgentina, principal exortador de trigo para o Brasil, proibiu avenda com o objetivo de conter problemas de abastecimento interno. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE), que registra a inflaçãomedida pelo Índice Nacional de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA), o índice de 0,55% registrado em abril, teveforte influência dos alimentos. O pão francês, porexemplo, ficou 7,33% mais caro no mês passado e outrosderivados de trigo também tiveram os preços majorados.Na reunião em que o governo definiu asdesonerações para o trigo, a farinha e o pão, háquase 15 dias, Mantega disse que a suspensão da cobrançado PIS/Cofins representará uma renúncia fiscal de R$500 milhões.