Em Brasília, manifestantes se deitam no gramado formando uma folha de Cannabis sativa

04/05/2008 - 16h17

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Cerca de 50 pessoas sereuniram hoje (4), em frente à Catedral de Brasília,para pedir a descriminalização da maconha, apesar daproibição judicial da realização daMarcha da Maconha. Para cumprir a liminar da Justiça, aPolícia Militar do Distrito Federal mobilizou 100 homens,incluindo uma equipe da Rondas Ostensivas TáticoMóvel (Rotam). Os manifestanteschegaram a abrir faixas pedindo a descriminalização dadroga. Impedidos de caminhar pela Esplanada dos Ministérios,eles formaram uma roda, leram incisos do Artigo 5º daConstituição Federal, que trata da liberdade demanifestação, e cantaram o Hino Nacional. Depois, osmanifestaram se deitaram no gramado ao lado da Catedral, formando umafolha de Cannabis sativa.O major da PM, Roger Chaves, afirmou que, sem acaracterização de uma marcha, não havia nada que a polícia pudessefazer. “Estamos só fazendo o nosso patrulhamento normal”, disse. “Só vipessoas expondo suas idéias”, explicou.Segundo Isabella Goes, que participou da organizaçãodo movimento no Distrito Federal, “o movimento não morre, daqui parafrente é só crescer”. Ela disse que, durante o ano, serão realizadaspalestras e outras atividades para aperfeiçoar o manifesto do próximo ano. De acordo com a organizadora do evento na capital, caso a Justiça proíba a realização damanifestação novamente, “a gente vai estar aqui de novo, é o direito da gentefalar”."Eu ainda vou ver, na minha geração, amaconha ser legalizada”, apostou . De acordo com Isabella, a organização damarcha não é centralizada, e inclui comunidades em sites de relacionamento e o Coletivo Marcha da Maconha noBrasil, cujos organizadores ela não identificou.  “A organização do movimento está por conta de todomundo que está aqui”, explicou.