Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os advogados da organização da Marcha da Maconha entram esta manhã (4) com recurso na Justiça para tentar derrubar a liminar concedida na noite de ontem (3), que impediu a realização do evento no Rio de Janeiro.
A manifestação, marcada para as 14 horas deste domingo, na Praia do Arpoador, pode não ocorrer. A informação foi dada pelo sociólogo Renato Cinco, um dos organizadores do evento.
Segundo o sociólogo, o objetivo da marcha “é substituir a política fracassada de proibição da maconha por uma regulamentação que permita o controle da sociedade sobre a substância”. Ele disse que o movimento defende, no momento, o debate e acrescentou que entre as possibilidades que podem ser examinadas está a legalização completa do ciclo da maconha.
A organização não vai admitir apologia à droga durante a manifestação. “Ao contrário. Nós estamos o tempo todo recomendando que as pessoas não portem nenhuma substância ilícita durante a manifestação, lembrando que é um evento polític, que tem como objetivo mudar a lei. E não, ser uma reunião de pessoas para afrontar o Estado”, explicou.
Renato Cinco informou que apenas em Recife (PE), não houve liminar impedindo a marcha neste domingo. Também em cidades que não estavam previstas originalmente e que se organizaram nas últimas semanas a manifestação deverá ocorrer. Entre elas, ele citou Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Vitória (ES). Em outras capitais agendadas anteriormente - como Curitiba (PR), São Paulo (SP), Salvador (BA) e Brasília – a realização foi proibida por ordens judiciais.