Vítor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Por andar com um cachorro labrador que carregava uma placa no pescoço com umainscrição a favor da descriminalização damaconha, o advogado Gustavo Castro Alves, 26 anos, foi preso pelaPolícia Militar no início da tarde de hoje (4), naPraia do Arpoador, na zona sul do Rio. No local, estava prevista aMarcha da Maconha, que não foi realizada por ter sido proibidapela Justiça, a pedido do Ministério PúblicoEstadual. Castro Alves foi encaminhado pela PM à 14ªDelegacia de Polícia para ser autuado em flagrante porapologia às drogas.Cerca de 50 pessoasestavam na Praia do Arpoador no início da tarde de hoje (4). Oorganizador da Marcha da Maconha, Renato Cinco, foi até lápara pedir aos simpatizantes da descriminalização dadroga que não fizessem qualquer manifestação.Ele também aproveitou para convocar os cariocas paraparticipar de um ato em favor da liberdade de expressão nopróximo sábado (10), às 14h, no mesmo local.Renato Cinco informoutambém que os organizadores do movimento no Rio devem entrarnovo novo recurso – um deles já foi rejeitado – na Justiçapara tentar liberar a manifestação.Por insistir em ignorara proibição de fazer apologia às drogas, CastroAlves acabou preso. Ao vê-lo circulando com a labrador com aplaca com a inscrição “A estupidez é aessência do preconceito, legalize a cannabis”, o coronel Millan, da PM, mandou prendê-lo e levá-lo à 14ª DP.