Débora Xavier
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O modelo de atençãobásica à saúde do Rio de Janeiro é umgrande equívoco – está todo centrado em hospitais. Aafirmação foi feita, há pouco, pelo ministro daSaúde, José Gomes Temporão, em entrevista àAgência Brasil. Segundo ele, para que a epidemia dedengue no estado não se repita em 2009 será necessáriocriar uma rede de atendimento à saúde de qualidade.“Vamos ter que mudar muita coisa, vamos ter queaumentar a mobilização da sociedade. Vamos ter queaumentar também as intervenções urbanas parasaneamento ambiental, como o recolhimento de lixo, por exemplo.”Temporão disse que ficou muito preocupadocom cenas que viu no Rio de Janeiro: depósitos públicosabandonados, com proliferação de focos da doença.“Isso é o tipo de coisa que não pode acontecer.” Deacordo com o ministro, outra providência que deve ser tomadano estado é a melhoria no atendimento de casos suspeitosde dengue. “O diagnóstico tem que ser mais precoce e oinício do tratamento, mais rápido, para que sejapossível evitar óbitos.”Para ele, a situação hoje no Rio deJaneiro está mais tranqüila. A estratégia dastendas de hidratação, a chegada de médicos devários estados para ajudar no atendimento à populaçãoe o apoio das Forças Armadas, com os hospitais decampanha, foram fundamentais para o começo do controleda epidemia, afirmou. “Já estamos conseguindo que todos ospacientes que necessitam de internação tenham acessorápido a ela”, destacou Temporão. Com tudo isso, ecaso o clima ajude, com a diminuição das chuvas, atendência agora é que o número de casos recue,disse ele.