Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A proposta definitivado governo para a renegociação da dívidaagrícola já está fechada. A afirmaçãoé do Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que sereuniu hoje (8) com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, eparlamentares representantes do setor agrícola.Stephanes adiantou que os juros de custeio, queestavam em 8,75%, foram reduzidos para 6,75%. O valor total a sernegociado é o mesmo da proposta anterior, de R$ 56 bilhões,do total de R$ 87 bilhões. O ministro informou que o projetofinal de renegociação deve sair por medida provisóriado presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possivelmente, jána próxima semana.De acordo com o deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS),presidente da Comissão de Agricultura da Câmara dosDeputados, uma nova reunião, no Ministério daAgricultura, foi marcada para amanhã (9), para fechar anegociação. Hoje, depois de três horas de reunião,nenhum dos participantes quis detalhar os resultados obtidos, alémdo que já havia adiantado Stephanes, e alguns deputadoschegaram a falar que as negociações ainda estãoabertas.“Eu compreendo que haja uma ansiedade, umacuriosidade, mas vocês têm que compreender que, para quea gente obtenha o máximo, temos que continuar com a prudênciae com o processo de negociação em aberto. E nósestamos há um ano trabalhando nisso. Faltam, talvez, menos de24 horas para que se construa um acordo que deverá satisfazera grande parte dos produtores brasileiros”, afirmou.Já Stephanes alegou que essa é areta final. “Já vai ser colocado a eles que este é olimite aonde o governo poderia chegar. Limite de acordo com aspossibilidades financeiras do governo, de acordo com a políticaeconômica e até com a política agrícola. Oprojeto, no geral, está fechado e é isso que vai serapresentado”, afirmou o ministro. O deputado Homero Pereira (PR-MT) revelou que oestado de Mato Grosso, que sofre com o problema de logísticapara o escoamento da produção, e o do Rio Grande doSul, que sofreu com intensos períodos de seca nos últimosanos, terão tratamento diferenciado. Na opinião dePereira, que também é presidente da ComissãoNacional de Endividamento da Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o projeto final deveser um meio termo entre as propostas iniciais do governo e dosagricultores.