Brasil tem capacidade de reagir à crise norte-americana, avalia executivo

08/04/2008 - 16h55

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A possibilidade de uma recessão na economiados Estados Unidos preocupa, mas o Brasil tem capacidade de ser“muito pouco afetado pela crise norte-americana”. A avaliaçãoé do presidente da Câmara de Comércio Americanado Rio de Janeiro, João César Lima, reempossado hoje(8) na presidência da Câmara de Comércio Americanado Rio de Janeiro em solenidade que contou com a presença doministro do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior, Miguel Jorge. César Lima afirmou que o bom relacionamentodo Brasil com outros países permite ao país crescer. Emrelação aos investimentos estrangeiros no Brasil, JoãoCésar Lima avaliou que, o que se vê, no momento, sãoinvestidores mais cautelosos dentro dos Estados Unidos e maisotimistas com o mercado fora daquele país, o que beneficia oBrasil. “Isso tem atraído e até mesmo confirmadoalguns investimentos no Brasil”, disse. Ele admitiu que as empresas americanas filiadas àCâmara continuam investindo no Brasil com mais cautela, masressaltou que não há nenhum plano de suspensãode investimentos para 2008 por conta da crise norte-americana. “Aocontrário. Em função do que lá acontece,as empresas estão com um pouco mais de apetite para vir aomercado brasileiro e a outros mercados e investir”.

Presente na solenidade de posse dadiretoria da Amcham, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil,Clifford Sobbel, afirmou que os Estados Unidos querem fortalecer eampliar a aliança com o Brasil nos próximos anos. Elerevelou que o comércio entre os dois países somou US$50 bilhões em 2007. “O Brasil é um grande parceirodos Estados Unidos”, afirmou.

Sobbel frisou que os americanosdetêm 15% das ações de empresas brasileirasnegociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Segundo ele, osEstados Unidos têm uma atuação marcante no Brasile que as relações econômicas bilaterais sãodiferenciadas na América do Sul. “O Brasil e os EstadosUnidos são as âncoras do hemisfério”, assegurouo embaixador, que destacou a necessidade de se fortalecer e firmarnovas parcerias entre as duas nações. “O atualmomento é muito especial para isso”, indicou.