Casos de dengue passam de 36 mil na cidade do Rio e prefeitura anuncia pacote de medidas

02/04/2008 - 21h34

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio de Janeiro apresentou hoje (2) um pacote de medidasde combate à dengue, no mesmo dia em que a Secretaria Estadual de Saúdedivulgou os últimos números da doença, apontando para 36,6 mil casos só nacapital e 57 mil em todo o estado, com um total de 67 mortos e outros 58 óbitossob investigação.Entre as principais ações anunciadas pelo secretáriomunicipal de Saúde, Jacob Kligerman, em coletiva à imprensa, estão a aberturado Hospital de Acari, a extensão do horário de funcionamento de postos de saúdenos finais de semana, a contratação de médicos aposentados e residentes e adistribuição de repelente a todos os pacientes com dengue.O Hospital de Acari começa a operar amanhã (3), com 58leitos e 30 poltronas de hidratação, todos direcionados para doentes comdengue. De acordo com Kligerman, o hospital não fará atendimento de emergêncianeste primeiro momento e só receberá pacientes referenciados, que venhamencaminhados por outras unidades de saúde. O hospital vai oferecer laboratório,equipamento de raio-X e ultra-som.O secretário anunciou ainda que, das 145 unidades de saúdemunicipais, 83 terão os horários de funcionamento ampliados no sábado, passandoa atender das 8h às 17h. Nos domingos, 15 postos de saúde também irão fazer atendimentos, no mesmo horário. O número deunidades de saúde que atendem 24 horas passará das atuais seis para 21.A prefeitura disponibilizou uma verba de R$ 1 milhão para acontratação ou extensão da carga horária de 900 profissionais, inclusive com aconvocação de médicos aposentados e residentes. O valor oferecido, para darquatro plantões de 24 horas por semana, é de R$ 2,5 mil. A contratação é porprazo limitado, devendo se estender por dois meses.Perguntado como avaliava a política de combate à dengue nomunicípio, Kligerman respondeu que desde o ano passado está em mobilizaçãopermanente contra a doença e que, por isso, sentia-se tranqüilo.“Me sintoabsolutamente tranqüilo, que tomamos todas as medidas. Esse é um novo tipo desurto, o tipo 2, e eu tenho a maior tranqüilidade, que no ano passado todotrabalhamos no sentido de evitar que isso ocorresse.”Questionado sobre o que teria dado errado paraque a prefeitura não tivesse contido a doença, ele afirmou que o problema foi a gravidade do surto.“A prefeitura tomou todas as providências. As medidas que nós tomamosimpediram que triplicasse ou quadruplicasse esse número.”