Agência Brasil*
Brasília - O cônsul do Brasil em Portugal, Renan PaisBarreto, criticou hoje (19) a atuação da Políciade Segurança Pública (PSP) de Portugal por ter sedeslocado até o consulado brasileiro ao procurar um suspeitode homicídio.Barreto disse que a polícia deveria tertido "um comportamento mais cauteloso". O cônsulbrasileiro, no entanto, disse não ver conotaçãopolítica na ação policial. "Não vejoneste ato qualquer conotação política",disse o cônsul do Brasil à Agência Lusa."A atuação da polícianão foi a mais adequada. Até porque não setratou de nenhum caso relacionado com imigrantes brasileiros, mas simde alguém que praticou um homicídio", disse ocônsul brasileiro, ressaltando que deveria ter sido avisadopela polícia portuguesa sobre a operação.SegundoBarreto, os agentes da PSP só o informaram de sua presençano prédio após terem identificado algumas pessoas quese encontravam no consulado. Ele disse que a situaçãonão terá qualquer conseqüênciapolítico-diplomática entre os dois países esublinhou que "as relações entre Portugal e Brasilnunca estiveram tão boas como neste momento".ACasa do Brasil de Lisboa, entidade civil que representa imigrantesbrasileiros em Portugal, havia acusado ontem (18) a PSP de terentrado no consulado brasileiro, em Lisboa, para identificar usuáriosde maneira "intimidatória". Segundo a entidade, osagentes entraram no local "sem que tenham sido chamados e semsolicitarem permissão ao cônsul".Emcomunicado divulgado hoje, o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa(Cometlis) esclareceu que os três agentes se deslocaram aoconsulado para "interceptarem um indivíduo suspeito dehomicídio". O Cometlis afirmou que os policiais entraramna área de atendimento ao público do consulado, onde"houve necessidade de identificar algumas pessoas" que seencontravam no local.Em outro comunicado, a própriaPSP já havia alegado que atuou a pedido da PolíciaJudiciária, ligada ao Ministério da Justiça dePortugal.