Paulo Bernardo reconhece que há excesso de cartões corporativos

19/03/2008 - 15h09

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, reconheceu hoje (19) que há umexcesso de cartões corporativos com servidorespúblicos. Segundo ele, existem atualmente 11,5 mil cartões,sendo que no ano passado 7,3 mil foram utilizados.Paulo Bernardoparticipa neste momento de audiência pública na ComissãoParlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos CartõesCorporativos."Se olharmos aestatística feita recentemente, concluímos que temmuito cartão. Temos 11,5 mil cartões concedidos e noano passado foram utilizados 7,3 mil", informou o ministro. Segundo ele, o queacontece é que em vários órgãos daadministração pública dois servidores possuem ocartão para, na ausência de um deles, os gastos compequenas despesas serem efetuados pelo outro.Na opinião doministro do Planejamento, apesar de falhas nos mecanismos defiscalização, os cartões representam um avançono controle dos gastos do governo. Paulo Bernardo ressaltou que omesmo não ocorre nas chamadas contas tipo B, tambémutilizadas para gastos efetuados em serviço."Ninguémsabe quanto se saca em caixa com contas tipo B. Conta B étransparência zero, não sabemos. Não existesistema onde isso esteja compilado. O cartão está emprocesso de transparência", disse. Para ele, énecessário o debate sobre a extinção da contatipo B.Paulo Bernardo tambémdefendeu o retorno do pagamento de diárias a ministros deEstado em viagens a serviço. Hoje, estes gastos sãopagos por um servidor público. Segundo ele, osservidores públicos ou ministros não podem efetuargastos com cartões, em Brasília, para hospedagem oualimentação, por exemplo.Quanto as despesassigilosas, o ministro ressaltou que estão previstas em leiaprovada em 7 de dezembro de 1999 e regulamentada em 2002. PauloBernardo acrescentou que os gastos estão previstos noOrçamento da União, e nesse ano foram aprovadas semqualquer questionamento dos deputados e senadores.