Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, disse há pouco, que nãovia necessidade do Congresso Nacional abrir uma ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos doscartões corporativos, com base em informaçõespúblicas contidas no Portal da Transparência, daControladoria-Geral da União (CGU)."Nãoacreditava que montariam uma CPMI para investigar o assunto. Tudo queestá sendo discutido são dados do Portal daTransparência. Ninguém está pegando as contas B.O cartão está na internet e as contas não",disse Paulo Bernardo, na audiência pública na CPMI dosCartões Corporativos.Para o ministro, "éperda de tempo" a CPMI ficar investigando gastos de ministros deR$ 126, por exemplo. O deputado CarlosSampaio (PSDB-SP), ressaltou, no entanto, que a apuraçãoconcentra-se num volume de gastos de R$ 160 milhões em cincoanos. Sendo que desse total, R$ 95 milhões em saques na bocado caixa.A presidente dacomissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que de manhãameaçou rennnciar ao cargo caso a CPMI não obtenhatodos os dados sobre os gastos com os cartões, inclusive os decaráter sigiloso da Presidência da República,reafirmou a necessidade da investigação."Temos que teracesso a todos os instrumentos para tocar a CPMI. Estamos lutandopara que [a CPMI] continue e informarmos àpopulação [seu resultado]. Indícios noportal [Portal da Transparência] são suficientespara abrirmos a CPMI. Este Congresso é sério e estamosinvestigando", afirmou a senadora em resposta àsdeclarações de Paulo Bernardo.