Agricultura suspende inclusão de propriedades rurais no Sisbov até abril

18/03/2008 - 18h54

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Está suspensa, a partir de hoje, a inclusãode novos estabelecimentos rurais no Serviço Brasileiro deRastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov),a base nacional de dados do serviço brasileiro derastreabilidade. A medida foi tomada depois de constatadasirregularidades no serviço feito pelas empresascertificadoras.“É uma questão de botar ordem nacasa. Ou as certificadoras trabalham de forma correta ou elas vãocair fora do sistema. Elas têm que mostrar que têmcapacidade para fazer esse trabalho, porque até agora nãomostraram”, afirmou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes,antes do início da reunião do Conselho Nacional deSecretários de Estado de Agricultura (Conseagri), realizadohoje (18), em Brasília. Segundo o secretário de Defesa Agropecuáriado Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Mapa), Inácio Kroetz, novas inclusões sópoderão ser feitas depois que as certificadoras tiverem oserviço auditado e aprovado pelo Mapa. Isso deve acontecerpartir da realização de um curso, que vai de 31 demarço a 11 de abril, para 200 auditores estaduais e federaisque atuam na fiscalização do cumprimento dos critériosdo Sisbov.O secretário disse que a decisão épositiva para a imagem do país e que a União Européiaapoiou a ação e contribuirá com as autoridadesbrasileiras. “Consideramos extremamente positivo e foramrecomendações da própria União Européia.Quando souberam da nossa disposição em fazer essetreinamento, eles mesmos se colocaram à disposiçãopara colaborar”, disse Kroetz.No dia 27 de fevereiro, o Ministério daAgricultura divulgou uma lista com 106 fazendas que cumprem asexigências da União Européia (UE) para exportaçãode carne. A lista foi elaborada depois que uma missão do bloco visitou o Brasil e o embargo à carne brasileira, anunciado em janeiro, foi suspenso. Para justificar o embargo à carne in natura brasileira, a UE alegou insuficiência de garantias sanitáriase de qualidade. Os países europeus afirmaram não confiarno sistema de rastreabilidade, que monitora a procedência dosanimais. Agora, a lista conta com 95 fazendas, jáque 11 foram excluídas por apresentarem irregularidades nadocumentação ou por pedido dos proprietários.