Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador José Carlos Murta Ribeiro, disse que não há previsão para instalação de um Juizado de Violência Doméstica e Familiar no município fluminense de São Gonçalo.Essa foi a principal reivindicação das mulheres da cidade, que hoje (7) promovem uma manifestação para cobrar ações de combate a violência. Elas também fizeram um abaixo-assinado solicitando uma reunião com o presidente do TJ.De acordo com Murta Ribeiro, dados sobre a violência contra a mulher em São Gonçalo ainda não chegaram ao Tribunal de Justiça, que precisa fazer levantamentos antes de implantar juizados. “Essa reivindicação não chegou”.Informado sobre a manifestação das moradoras de São Gonçalo, ele disse que “se for o caso”, e após um estudo completo sobre a situação no local, o tribunal poderá instalar um juizado na cidade. Murta reconhece a necessidade da criação de varas criminais na cidade, em decorrência expansão da criminalidade no município. “Temos dificuldade [de implantar juizados] porque, anteriormente, extinguimos duas varas. A época não tínhamos os mesmos índices de criminalidade. Agora, vemos que precisa até mesmo de uma vara criminal comum”.Segundo o Instituto de Segurança Pública, São Gonçalo está entre os municípios fluminenses com os maiores índices de violência doméstica (praticada por parentes, companheiros ou ex-companheiros) no Rio. A capital fluminense tem dois juizados para cuidar dos casos de violência doméstica. Um funciona na centro e o outro em Campo Grande, zona oeste. O Tribunal de Justiça pretende instalar outras duas unidades em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, e Jacarepaguá, zona oeste, ainda este ano.