MST acusa Brigada Militar de agredir mulheres em fazenda no Rio Grande do Sul

04/03/2008 - 20h46

Quênia Nunes
Da Agência Brasil
Brasília - Mulheres da Via Campesina foram agredidas hoje (4)pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul, afirma o coordenadorestadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST),Miguel Stedile. O MST é um dos movimentos que compõem aorganização.Segundo ele, camponesas que ocupam a FazendaTarumã, em Rosário do Sul (RS), receberam socos epontapés. A Brigada Militar contesta a acusação.As mulheres ocupam a fazenda desde a madrugada.Afirmam que a área foi comprada ilegalmente por uma empresamultinacional por meio de uma empresa laranja, desrespeitando aConstituição Federal, que proíbe estrangeiros decomprar áreas na faixa de fronteiras. “ O efetivo da brigada já chegourealizando as agressões se aproveitando de um grupo menor queestava na porteira, mas afastado do grupo de 900 mulheres e 250crianças que estão na ocupação”, comentaStedile. Ele diz que o grupo não vai denunciar a agressão.“Infelizmente, os órgãos públicos e parte doLegislativo são surdos nessas denúncias”, justifica.Segundo o coronel Lauro Binsfeld, os policiaisapenas chegaram ao local para retirar foices e facões que asmulheres portavam.