Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Núcleo de Acompanhamento e Gestão Operacional (Nago), criado pela Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) para reduzir o número de atrasos em vôos durante a Operação Verão vai se tornar permanente. O anúncio foi feito hoje (3) pelo presidente da Infraero, Sergio Gaudenzi. Durante a Operação Verão, de novembro a fevereiro, os atrasos de mais de uma hora foram reduzidos de 17%, em 2006, para 6%. A criação de um núcleo permanente prevê a instalação de uma central em cada grande aeroporto e na sede, no prédio da Infraero em Brasília. O Nago faz um acompanhamento dos vôos e do movimento nos aeroportos em todo o país, de modo a identificar situações de atraso com maior rapidez e precisão. De acordo com Gaudenzi, na sede poderão ser acompanhadas imagens das câmeras de todos os aeroportos, a fim de identificar problemas em filas de check-in, por exemplo. “Hoje o ponto de retenção de passageiros é o check-in. Por exemplo, se temos mais passageiros a embarcar numa empresa e menos na outra, num determinado horário, poderíamos aumentar o número de posições para atendimento. Mas, para isso, temos que trabalhar com o sistema unificado”, explicou. O objetivo é que até 2009 já estejam em funcionamento os centros operacionais dos aeroportos de Guarulhos (SP), Galeão (RJ) e Juscelino Kubitschek (DF), ao preço de aproximadamente R$ 50 milhões, cada. Gaudenzi acrescentou que essa verba não deverá vir da abertura de capital que está sendo proposta para a Infraero. “Não se faz a abertura de capital de uma empresa em menos de dois anos, dois anos e meio. Temos que preparar a empresa para isso, esperar o diagnóstico do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”, explicou.