Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A BHS Helicópteros tem até a próxima sexta-feira (7) para cumprir as exigências estabelecidas pela Delegacia Regional do Trabalho do Rio de Janeiro durante inspeção que resultou na interdição do hangar empresa. A BHS é proprietária do helicóptero que transportava funcionários da Petrobras e caiu no mar na tarde do último dia 26. Dos 20 passageiros, 15 foram resgatados com vida e quatro morreram. O piloto da aeronave ainda está desaparecido.O superintendente da DRT-RJ, Carlos Correia, disse hoje (3) à Agência Brasil que a interdição resultou de laudo técnico-administrativo elaborado pelos auditores fiscais do Trabalho na última quinta-feira (27) - um dia depois do acidente.De acordo com Correia, houve resistência por parte da companhia que não queria a presença dos fiscais e a vistoria nas instalações. “Houve um desrespeito à fiscalização do Trabalho”, afirmou Correia.Foram inspecionados equipamentos, condições sanitárias e sistemas de proteção aos trabalhadores. “E foi expedido um laudo de interdição em alguns setores da empresa por apresentar situação de grave e iminente risco, como ausência de organização completa da documentação referente ao prontuário de instalações elétricas, garantindo assim a perfeita funcionalidade e segurança das instalações.”O superintendente disse ter recebido ainda uma denúncia do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) sobre o quadro de insegurança dos vôos que transportam os trabalhadores para as plataformas da Bacia de Campos.