Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Deputados da base aliada ao governo defenderam hoje (3) a mediação do Brasil noconflito entre Colômbia e Equador, que começou sábado (1º), quando membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram mortos pelo Exército da Colômbia em uma operação militar realizada em território equatoriano. Segundo opresidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a mediação é necessária, e o Brasil deve buscar fazê-la junto com outros países. "Eu acho que deve haver um esforço coletivo e atitude do Brasil denão querer buscar uma mediação apenas brasileira, mas de fazer isso em conjunto com Argentina e Chile", afirmou Chinaglia.O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS),disse que o Brasil deve trabalhar por uma soluçãonegociada entre os dois países. "Diante de algo que aconteceu, que pode ampliar os conflitos naregião, o papel do Brasil deve ser de trabalhar para diminuir os focosde conflito para termos uma solução negociada."Hoje à tarde, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, dará entrevista coletiva para falar sobre a crise entre Colômbia e Equador. O conflito começou sábado, após operação militar na fronteira entre Colômbiae Equador. Durante a operação, o porta-voz enúmero 2 das Farc, RaúlReyes, foi morto pelo Exército colombiano em território do Equador. Ainvasão da fronteira gerou atrito entre os países e protestos também dopresidente da Venezuela, Hugo Chávez, que criticou o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e determinou o enviou de tropas do Exército para a região. Chávez determinou ainda o fechamento da embaixada venezuelana em Bogotá. .