Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - OPrograma Mais Saúde, também conhecido como Programa deAceleração do Crescimento para a Saúde – PACda Saúde, foi apresentado hoje (22) a representantes da áreade saúde de diversos países das Américas,durante 1ª Plenária de2008 da Organização Pan-Americana da Saúde(Opas), em Brasília.
De acordocom a secretária-executiva do Ministério da Saúde,Márcia Bassit, o programa, que tem como objetivo melhorar asaúde pública no país, sobretudo no atendimento doSistema Único de Saúde (SUS), é ambicioso e bemformulado. “O que se quer é ter um foco e uma agendaestratégica para que todos os nossos parceiros do SUS saibamonde queremos chegar e tenham uma participação efetivae importante na realização dessas metas”, disseBassit.
Segundo asecretária, o PAC da Saúde, lançado nesta semanapelo governo, tem disponibilizados R$ 90 bilhões até2011. Do total, 70% já estão assegurados.
Para odiretor emérito da Opas, Carlyle Guerra de Macedo, o programarepresenta um progresso. “É sempre bom para qualquer gestão,e sobretudo para a sociedade, saber o que se pretende fazer, aonde sequer chegar e com que recursos se pretende contar. Melhor aindaquando isso especifica também como fazer”, disse.
Segundoele, o PAC da Saúde poderá ser cumprido mesmo com asdificuldades financeiras, como o corte de R$ 40 bilhões noorçamento por causa do fim da Contribuição Provisória Sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF). “Creio que, se o governo tem vontade mesmo defazer as coisas, ele tem margem, tem gordura que pode ser cortadapara que as coisas essenciais não sofram cortes”, afirmou o diretor.
Depois da solenidade de lançamento do programa, foi inaugurado o Centro de Gestão e Informaçãode Conhecimento da Opas, que servirá para o intercâmbiode dados com outros centros das Américas, além de fazera sistematização e recuperação dasinformações. “Queremos estabelecer uma cultura deintercâmbio de informações por meio da captura,processamento e distribuição de informaçãooportuna e pertinente a uma variedade de audiências”, disse orepresentante da entidade no Brasil, Diego Victória.