Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As indústrias doRio de Janeiro que investirem no plantio de seringueiras poderãoreceber um selo de certificação ambiental. A iniciativatem o objetivo de, além de estimular as indústrias acompensarem as emissões de gases poluentes, aumentar aprodução do látex no país. O investimentopoderá ser no Rio de Janeiro ou em outros estados, por meio deparcerias com os produtores de látex.O selo SeringueiraAmbiental foi lançado hoje (22) pela Federaçãodas Indústrias do Estado do Rio de Janeiro(Firjan), emparceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas no Rio (Sebrae-RJ) e o Instituto Tecnológicoda Borracha (IteB). Um projeto piloto deplantio de mudas já foi implantado no município deSilva Jardim, na região centro-oeste do estado. As primeirasárvores já estavam em fase de corte para a produçãode látex.Segundo a Firjan, ainiciativa também tem o objetivo de aumentar a produçãonacional de látex, atualmente estimada em 100 milhõesde toneladas. Atualmente o Brasil importa cerca de dois terçosdo látex consumido, e é responsável por apenas1,3% da produção mundial. No início do século 19, o Brasil produziatudo o que consumia.De acordo com o IteB,as empresas interessadas deverão fazer um inventário desuas emissões de gases poluentes com as empresasespecializadas ou, no caso de pequenas empresas, utilizar o serviçodo instituto, que faz esse cálculo.As empresas entrarãocom parte do capital, que poderá ser utilizado para o plantioou o cuidado das mudas, e o serviço de extraçãodo látex, assim como os seus lucros, devem ficar na maiorparte dos casos com os produtoresde látex. O ganho das indústrias,segundo o instituto, é mais para o lado da responsabilidadeambiental.