Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao discursar hoje (22)durante visita oficial à Argentina, o presidente Luiz InácioLula da Silva afirmou que sempre haverá pontos divergentesentre os interesse de Brasil e da Argentina, mas que é precisosuperá-los em nome da integração sul-americana. “Sempre haverádisputa, sempre haverá interesses diferenciados, sempreteremos pequenas divergências, mas nossa grandeza, em respeitoàs aspirações de argentinos e brasileiros, éprovar que as pequenas divergências são muito menores doque as concordâncias. Juntos temos que fortalecer o Mercosul eforjar uma integração consistente entre os paísesda América do Sul”. Um dos assuntos daagenda de discussões entre Lula e a presidente da Argentina,Cristina Kirchner, é a energia. A Argentina quer o excedentedo gás natural que o Brasil compra da Bolívia parasuperar uma eventual crise energética. No entanto, integrantesdo governo brasileiro têm sinalizado que o Brasil nãopode abrir mão do gás boliviano. O presidente Lularessaltou que a integração entre os dois paísesé positiva para as negociações da Rodada Doha,da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Juntos podemos lutarcontra o protecionismo dos países desenvolvidos na RodadaDoha. Juntos podemos dar exemplo de estabilidade ao mundo,especialmente em um momento que a ciranda financeira em paísesricos ameaça a economia mundial”, afirmou. Se dirigindo àCristina Kirchner, o presidente disse que um dos desafios da colegaargentina é provar que as mulheres estão igualmente oumelhor preparadas para governar do que os homens. Lula anunciou em seudiscurso que foram firmados entre os dois países acordos nasáreas de energia nuclear e de defesa e o desejo de maiorcooperação na área de energia. O presidenteanunciou ainda o lançamento conjunto de um satélite de observação.