Hugo Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após reiterar que o Brasil está em condições favoráveis para enfrentar a crise econômica mundial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (12) que a atual conjuntura do mercado nacional, com crescimento estimado em torno de 5% no Produto Interno Bruto (PIB), requer a ampliação dos serviços de seguros no país. Para ele, o maior volume de contratos é importante para reduzir os riscos para quem investe no país.“Hoje temos um mercado de seguros incipiente pelo nível de atividades. Quando a gente realiza negócios, por exemplo, constrói um navio, uma plataforma, tudo isso precisa ser segurado. Isso reduz os custos e os riscos. Nós precisamos aumentar o volume de seguros no Brasil”, declarou o ministro. Nesta terça-feira, o ministro esteve reunido com responsáveis por uma grande companhia de seguros da Europa. Segundo ele, a empresa declarou ter a intenção de abrir um escritório no Brasil. “Tivemos hoje (12) de manhã a presença do presidente do Lloyds [companhia britânica de seguros] que vai ampliar o volume de seguros e resseguros. Uma economia cada vez mais complexa como a brasileira, que tem um mercado de capitais respeitável como temos e está ampliando o nível de atividades precisa ter uma cobertura de seguros”.Mantega mais uma vez considerou positivo o momento da economia nacional. Dados preliminares, na avaliação do ministro, ratificam a previsão de crescimento do Produto Interno Brasileiro (PIB) em cerca de 5%.“Os indicadores precursores, porque ainda não temos os definitivos, é de que em janeiro a atividade econômica continuou acelerada e manteve o ritmo do final do ano passado. Portanto, começamos 2008 com um nível de atividades muito bom, mantendo o ritmo de crescimento de 5% que deveremos ter ao longo do ano. Isso significa que a crise internacional não está nos afetando e que essa confiança que observamos dos vários analistas, dos mercados e investidores continuará ocorrendo em 2008”, dsse Mantega.Nas últimas semanas, algumas das mais importantes bolsas de valores do mundo passaram por variações expressivas, sob a expectativa de uma possível retração na economia dos Estados Unidos. Apesar disso, desde o início da crise, o ministro da Fazenda tem mantido o discurso de que o Brasil está preparado para enfrentar turbulências em escala internacional.