Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A produçãobrasileira de grãos 2007-2008 deve crescer 3,5%, de acordo com o quinto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),divulgado hoje (12). Segundo a Conab, a colheita continua amaior da história e pode chegar a 136,3 milhões detoneladas. A soja (58,5 milhõesde toneladas), o milho (53,6 milhões de toneladas) e o arroz(12 milhões de toneladas) estão na liderança daprodução. O feijão apresenta queda de 5,7% emrelação à estimativa do mês passado e deve ficar em 1,41 milhãode toneladas. De acordo com a Conab, o motivo da reduçãoé a pouca chuva na época do plantio da cultura nosprincipais estados produtores. Segundo o diretor deLogística e Gestão Empresarial da Conab, SílvioPorto, a chuva atrasou a safra no país. “[Mas]neste momento, a única região preocupante é ooeste da Bahia, que poderá ter perdas se porventura nãoretornarem as chuvas”.De acordo com olevantamento, a área plantada no país ficou em 46,3milhões de hectares, 0,3% maior do que a da safra 2006-2007. Parao secretário executivo do Ministério da Agricultura,Silas Brasileiro, a maior produtividade sem que tenha ocorridoaumento significativo de área plantada indica que éespeculação a idéia de que está havendodesmatamento para a formação de pasto ou plantio soja. O levantamento foirealizado entre os dias 21 e 25 de janeiro. O Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE) também divulgouhoje levantamento da atual safra. A estimativa é que a produçãobrasileira e grãos feche 2008 em 136,5 milhões detoneladas, total 2,7% superior ao obtido no ano passado.Segundo osecretário executivo do Ministério da Agricultura, aidéia é que até o final do ano, os númerosdivulgados pela Conab e pelo IBGE sejam iguais. “Estamos nosaproximando cada vez mais e hoje as divergências existentes sãomuito pequenas". Seria simplesmente uma questão de metodologia.Segundo ele, no caso daConab, sempre que ocorre alguma alteração na condiçãoclimática ou alguma situação adversa, os dadoslevantados são atualizados. De acordo com ele, o IBGE nãofez essas alterações.